sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Luís Norberto Lourenço na Feira do Livro em Castelo Branco fala das edições da Casa Comum das Tertúlias

 


No dia 13 de setembro, sábado, pelas 11h, Luís Norberto Lourenço, editor (Casa Comum das Tertúlias) e tradutor, vai estar à conversa com leitores na 3.ª Edição da Feira do Livro da Semana Municipal da Juventude de Castelo Branco 2025.
O evento decorre no Parque Urbano da Cruz do Montalvão em Castelo Branco.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

A Casa Comum das Tertúlias na 3.ª Edição da Feira do Livro na Semana Municipal da Juventude de Castelo Branco 2025

Depois da participação da CCT na Feira do Livro do Porto de 2025 (ver aqui), mais uma oportunidade para dar a conhecer a nossa labor cultural e cívica, bem como a nossa oferta editorial.

No dia 13 de setembro, sábado, pelas 11h, Luís Norberto Lourenço, editor (Casa Comum das Tertúlias) e tradutor, vai estar à conversa com leitores na 3.ª Edição da Feira do Livro da Semana Municipal da Juventude de Castelo Branco 2025. O evento decorre no Parque Urbano da Cruz do Montalvão em Castelo Branco.

Ver aqui o programa completo do evento.

A pretexto da edição este ano das últimas duas obras editadas pela Casa Comum das Tertúlias o livro de poesia Ave Fénix, de Joanna Muñoz (Porto Rico) e do conto infantil ¿Dónde están los hormigones alados? de Danny Echerrí Garcés (Cuba). Ambas obras bilíngues, com prefácio de Beatriz Mayor Serrano (México), ilustradas por Juan Pablo Mayor Serrano (México).

A programação do dia 13.

O cartaz da Feira do Livro.

O cartaz da Semana Municipal da Juventude.


Conto infantil ¿Dónde están los hormigones alados? de Danny Echerrí Garcés (Cuba) e
Ave Fénix, de Joanna Muñoz (Porto Rico).

sábado, 30 de agosto de 2025

Projectos de digitalização da CCT*

A Casa Comum das Tertúlias assumiu vários projectos de digitalização de várias obras, esgotadas com marcada importância literária, fize-mo-lo na blogosfera: 

http://sirgocadernodeletraseartes1.blogspot.com
Sirgo: caderno de letras e artes (1992-1994), 7 números.
Direcção e edição: António Salvado. Local: Castelo Branco (Portugal). ISSN: 0872-9328.

https://folhas-de-poesia.blogspot.com
Folhas de Poesia (1957-1959), 4 números. 
Organizador comum a todos: António Salvado. Hélder Macedo co-organizou o n.º 2 e Herberto Hélder. co-organizou o n.º 3.

https://petrinia.blogspot.com
Petrinia: fólios de poesia (1999 - 2000), 2 números.
Coordenação: Pedro Miguel Salvado e Francisco Barata Roxo, Luís Filipe Maçarico coordenou também o n.º 1. Ed. da Liga dos Amigos de Alpedrinha. Editado em Castelo Branco. 

https://antoniosalvado.blogspot.com
António Salvado – 50 Anos de Poesia

*Pela Casa Comum das Tertúlias,
Luís Norberto Lourenço

sábado, 23 de agosto de 2025

A Casa Comum das Tertúlias na Feira do Livro do Porto 2025

Na sexta-feira, 22 de agosto, a Casa Comum das Tertúlias (CCT), com a apresentação de dois livros, marcou presença na Feira do Livro do Porto, evento livreiro e literário que acontece desde 1930 na cidade do Porto, durante a maior parte da sua história organizado pela APEL, desde 2016 a organização tem vindo a ser assumida pela Câmara Municipal do Porto.
A Feira do Livro do Porto de 2025, a decorrer este ano nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto, foi inaugurada no dia 22 de agosto e termina no dia 7 de setembro. 


A CCT apresentou na Feira do Livro as duas obras lançadas em maio em Castelo Branco, na Tarde de Tertúlia, então com a participação virtual dos autores, já que ambos residem no América.
Desta vez, com a presença do editor, Luís Norberto Lourenço, da autora dos prefácios de ambas, Beatriz Mayor Serrano, as obras foram apresentadas pelo editor e pelo Professor Doutor António Borges Regedor.
  • Às 14h, no Lago dos Cavalinhos, nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto, no recinto da Feira do Livro, foi apresentada a obra de poesia, num edição em seis idiomas, duma autora de Porto Rico, a Joanna Muñoz Vega, o livro Ave Fénix, edição ilustrada por Juan Pablo Mayor Serrano, prefaciada pela professora mexicana Beatriz Mayor Serrano, editado, apresentado e traduzido para português por Luís Norberto Lourenço, traduzido para o italiano por Stefania Di Leo, traduzido para o alemão por Hermann Scheufler, tradução francesa de Rosa Roque, com tradução para o espanhol da própria autora, sendo o original publicado em inglês. A apresentação foi feita pelo Professor Doutor António Borges Regedor, bibliotecário, escritor e professor universitário (Universidade Fernando Pessoa do Porto, Instituto Politécnico do Porto) e pelo editor.  
  • Excerto da apresentação...
  • Às 15h, no mesmo espaço, foi apresentado o conto infantil, ¿Dónde están los hormigones alados? (versão portuguesa: Onde estão as agúdias?) edição bilíngue (português e espanhol), do autor cubano (a residir no México), Danny Echerrí Garcés, obras com a mesma autoria das ilustrações e do prefácio de Ave Fénix. Obra apresentada pelos mesmos protagonistas da primeira obra. 
  • Excerto da apresentação...

As apresentações das edições tertulianas na programação, https://www.feiradolivro.porto.pt/apresentacoes/ .

A Casa Comum das Tertúlias em feiras do livro, em Portugal e no México:
2006 - A CCT organizou com o Clube de Castelo Branco a Feira do Livro Regional da Beira Baixa, em Castelo Branco.
2025 - Participámos na Feira do Livro no âmbito do ECOS – Encontro(s) Literário(s) com a Comunidade, Orca (Fundão, Castelo Branco, Portugal).
2025 - Agora na Feira do Livro do Porto.
A CCT participou em várias feiras do livro no México: 
2012 - XXVI Fería Internacional del Libro de Guadalajara (Jalisco, México).
2014 - V Feria del Libro Usado y Antiguo de Guadalajara (Jalisco, México).
2015 - 47.ª Feria Municipal del Libro y de la Cultura de Guadalajara (Jalisco, México).
2016 - II Feria Metropolitana del Libro de Celaya (Guanajuato, México)  
2017 - VI Corredor LiterarioCasa da Cultura de Morelia, Morelia (Michoacán, México).
2022 - I Festival del Libro y de las Artes Zapopan (Jalisco, México)

António Borges Regedor (apresentador) e Luís Norberto Lourenço (editor)
Fotografia da autoria de Beatriz Mayor Serrano.


Texto do apresentador,

António Borges Regedor


Danny Echerri Garcés 
É Cubano de Santa Clara. 
Doutor em Psicologia e Professor Universitário. 
Pude constatar em repositório científico apreciável quantidade de artigos científicos desde 2018. 
A par da actividade científica encontra ainda tempo e vocação para a actividade literária. 
Os seus contos conquistaram espaço em revistas de várias nacionalidades, nomeadamente em Cuba, Espanha, Chile. 
Está representado em antologias como Tinta Fresca (2011) e Ser abuelos (Málaga, Espanha). Venceu o Prémio Especial Jovem da Associação Hermanos Saíz (AHS) no Concurso de Mini-Contos La casa Tomada em 2007. 
Tem um livro de contos em processo de publicação pela Editora Sed de Belleza. 
Aqui em Portugal, pela mão do Luís Lourenço tem o agora apresentado “Dónde están los hormigones alados? Traduzido para “Onde estão as agúdias” 
O livro que agora apresentamos tem ilustrações de Juan Pablo Mayor Serrano. Mexicano de Guadalajara. Tem formação em Desenho para a comunicação gráfica, está portanto no seu meio preferencial. É profissionalmente designer, pintor, caricaturista e ilustrador. É ele o criador do logótipo da coleção Poetas Tertulianos. 
“Donde están los hormigones alados?“ foi prefaciado por Beatriz Mayor Serrano. Também Mexicana de Guadalajara. Professora. Licenciada em “Intervenção Educativa”. Publicou na revista mexicana “Morbo” e tem sido prefaciadora, o que acontece neste caso. 

Joanna Muñoz é Porto-riquenha com vivência nos EUA. 
A sua formação é em Ciências, que segue o gosto desde criança pela Química, Ciências da Natureza, Matemática. Licenciada em Química. 
Está a terminar o Mestrado em Educação ambiental e a iniciar o de Administração Escolar. 
É professora de Ciências que inclui matemática e química desde 2007. E tem grande interesse pelas questões ambientais como é natural dada a sua formação científica. 
É autora do trabalho sobre metais pesados com o título: “Heavy metals: toda una amenaza” incluído no livro “Guia de actividades ambientales para maestros de ciêcias” (2009) 
Residiu vários anos nos EUA e voltou a Porto Rico. 
Para além da poesia escreve também contos. 
A sua poesia é escrita inicialmente em Inglês e está traduzida para Alemão, Espanhol, Português, Francês e Italiano. 
A Joanna Munõz publica muito em plataformas virtuais, e agora o editor Luís Norberto achou por bem, publicar em papel a poesia da Joanna. Escolhei ave Fénix. Um poema inédito. Directamente para o papel sem ter passado pela blogosfera. 
Este poema foi escrito originalmente em Inglês e traduzido posteriormente para o espanhor pela própria autora. Nada melhor para a manutenção do sentido do poema quer o leiamos numa ou noutra língua. 
A versão portuguesa deriva da escrita em Espanhol. 
Socorro-me das palavras da prefaciadora Beatriz Serrano para me referir à autora e cito em tradução livre: No final descobrimos que tudo o que acumulamos, por mais belo e grandioso se torna em ego e no final nos faz mais pesados no vôo para a liberdade” 

Ave Fénix 
É simbólico que o poema escolhido para publicação tenha sido a Fénix. 
Metáfora da vida, de toda a vida. Da Cósmica, da Biológica, da Social, da Humana. 
Da vida pessoal, quando termina uma tarefa e começa outra. 
Quando termina um ciclo de vida e começa outro. 
Quando depois de uma vicissitude se retoma do zero. Ou como o fim de um ciclo de vida humana, é condição de continuidade dessa mesma vida. Edgar Morin o filósofo francês num dos seus primeiros livros, em “O Homem e a Morte” apresenta a morte do indivíduo como condição da continuidade da espécie. A morte da ave é condição da perpetuidade da Fénix. E por isso tão agradável a Joanna nos ter ofertado este poema que nos proporciona tão magna reflexão. 

As Edições Casa Comum da Tertúlias 
São a prova documental de um esforço cívico.
De um activismo saudávell e de uma postura pessoal que no padrão de educação da Grécia Clássica se denominada Arethé que traduzimos por excelência. A acção excelente é a que praticamos pensando no bem comum, na melhoria da polis, da comunidade. Não se trata apenas de altruísmo, mas é simultaneamente egoísmo. Na medida em que gostamos de ser felizes num ambiente agradável, vivermos onde todos se sintam bem, também nos faz sentir bem e isso é excelência. 
Os Romanos traduziam por Virtude. E que vai influenciar os estóicos no sentido de priorizar o bem comum em detrimento do prazer do interesse pessoal. 
Encontramos este conceito em religiões, em filosofias e políticas. 
O mais recente conflito que se prende com a excelência é o do egoísmo liberal contra a consciência cívica e da prática da cidadania na defesa da coisa pública, ou réspública. 
A Casa Comum das tertúlias através das suas edições expressa este conceito da prática da cidadania. 
Nada surge pelo acaso. Estas edições de conteúdo cultural e cívico são expressão do seu mentor, o editor Luís Norberto Lourenço. 
Conheci o Luís Lourenço na Universidade quando ele realizava estudos de Pós-Graduação. 
Foi evidente reconhecer nele a pessoa culta, empenhada socialmente, de excepcional carácter. Acompanhei-o na publicitação da sua primeira colectânia de textos de temas variados que fazem do Luís Lourenço um enciclopédico. 
Não é fácil ser editor e muito mais difícil ser editor em papel. O Luís Lourenço tem as competências necessárias para o fazer bem e espero sinceramente que tenha êxito nesta actividade muito desafiante do ponto de vista intelectual e muito mais exigente do ponto de vista financeiro. Espero sinceramente que venha a ser pessoalmente gratificante.

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quarta-feira, 20 de agosto de 2025

A Casa Comum das Tertúlias apresenta livros na Feira do Livro do Porto de 2025

A Feira do Livro do Porto de 2025 decorre de 22 de agosto a 7 de setembro nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto.


A Casa Comum das Tertúlias (CCT) vai marcar presença neste grande evente livreiro e literário português, no dia 22, com a apresentação das últimas edições da CCT.


No dia 22 de agosto, pelas 14h e pelas 15h, respectivamente, serão apresentados os livros "Ave Fénix" (POESIA), de Joanna Muñoz Vega (Porto Rico) e "¿Dónde están los hormigones alados?" (CONTO) de Danny Echerrí Garcés (Cuba), ambos ilustrados pelo pintor e ilustrador Juan Pablo Mayor Serrano (México), ambos com prefácio da professora Beatriz Mayor Serrano (México), contam ambas com um texto de apresentação pelo seu editor Luís Norberto Lourenço, as duas edições são bilíngues, publicadas em português e espanhol.
As duas obras serão apresentadas pelo Professor Doutor António Borges Regedor, docente universitário (Universidade Fernando Pessoa do Porto e Instituto Politécnico do Porto), bibliotecário e escritor, co-autor do livro "Ciência da informação: contributos para o seu estudo", além de ser um colaborador da Casa Comum das Tertúlias e pelo editor e fundador da Casa Comum das Tertúlias, Luís Norberto Lourenço, autor dos textos de apresentação dos dois livros e da tradução portuguesa das obras.


Trata-se da segunda apresentação das obras, lançadas em Castelo Branco em maio na Tarde de Tertúlia
Lembrando que a CCT marcou presença na Feira do Livro no âmbito do ECOS.

Sobre a FLP205:
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Pela Casa Comum das Tertúlias
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terça-feira, 19 de agosto de 2025

Entrevista a Luís Norberto Lourenço

Luís Norberto Lourenço: Escrevo para intervir* 

ENTREVISTAS - Escritores Livros & Leituras

- Quem é? 
Luís Norberto Fidalgo da Silva Trindade Lourenço, de 38 anos, natural de Castelo Branco, apaixonado por livros e por isso mesmo o que me dá mais prazer é partilhar as minhas leituras e saber das leituras dos outros. 
L&L - Como e quando começou a interessar-se por literatura? 
 LNL - Apanhei o “vírus” da leitura em casa dos meus pais. Os meus pais eram sócios do “Círculo de Leitores”, eram assinantes das “Selecções”, juntando-se mais um ou outro livro que preenchia a biblioteca vindo de outra proveniência… fui lendo e folheando alguns até que comecei a criar a minha própria biblioteca. Ao contrário de alguns colegas e amigos de então “devorei” alguns livros que constavam do ensino e ditos obrigatórios e não fiz nenhum esforço ao lê-los e não compreendo a sua desvalorização, falo de: “Viagens na Minha Terra”, o “Auto da Barca do Inferno”, “Os Lusíadas” e “Os Maias”. Comecei – não tenho a certeza com que idade, pelos 14 anos, talvez – a pedir recorrentemente como prendas de aniversário e de Natal livros. 
L&L - Por que motivo resolveu escrever livros? 
LNL - Celebrando-se o Centenário da República e tendo na minha posse o documento que viria a estudar estava na altura de abordar o assunto. (ver resposta à questão que se segue). A edição do livro “Manifestos contra o medo: antologia de uma intervenção cívica”, justifica-se por entender que já tinha uma quantidade de textos suficientemente relevante, sendo que alguns deles não existiam em formato papel (falo de textos na blogosfera) e tinha (quem não tem?) alguns textos que estavam inéditos e julguei ser a altura para reunir todo esse material… um projeto adiado desde 2005, a primeira vez que pensei reunir a minha opinião publicada na imprensa. 
L&L - Qual foi a obra que mais gostou de escrever e porquê? 
LNL - Em 2010, publiquei o meu primeiro estudo, um pequeno livrinho, de pouco mais de 30 páginas, no quadro do Centenário da República e a propósito da questão da Separação do Estado da Igreja, estudando e divulgando um documento (reproduzido na íntegra) relativamente a Penamacor, o Auto de Arrolamento da Igreja Matriz local, datado de 1911. Este “Manifestos contra o medo: antologia de uma intervenção crítica” é pois, verdadeiramente, o meu primeiro livro… como filho único que é, é o meu filho (literário) preferido! 
L&L - Em que é que se inspira para escrever um livro? A minha escrita é inspirada na realidade, na atualidade, na História, nas leituras que vou fazendo, em cada escritor novo escritor que me maravilha. L&L - Se não fosse escritor, o que gostava de ser? 
 LNL - Escrevo por várias razões, para intervir, por achar que tenho algo a dizer sobre algum assunto ou para divulgar algum evento cultural, meu ou de alguém, mas não me considero escritor, nem tenho pretensões de ser considerado como tal. Quem pensa o país, conhece os problemas e pensa que pode contribuir de alguma forma para colmatá-los, não deve alhear-se e limitar-se a tratar da “vidinha”. Conheço as minhas limitações, leio imensa poesia, partilho inúmeros poemas sobre vários autores, mas sou incapaz de escrever poemas, contos e romances incluídos. Os meus textos são sobretudo fruto da investigação (na área da História e das Ciências da Informação e da Documentação) ou de intervenção/opinião, ainda que tenha um ou outro texto mais literário. Boa parte da minha profissional tem sido no ensino da História e com os meus alunos tento transmitir a importância desta para a sua formação e legar-lhes o meu gosto pela leitura. 
L&L - Quais são seus autores preferidos? 
LNL - São muitos, ainda assim deixo alguns nomes: Luís de Camões, Fernando Pessoa, Eça de Queirós, Gil Vicente, Pablo Neruda, Alexandre O’Neill, Amos Os, Manuel Alegre, Ary dos Santos, Umberto Eco, Vinicius de Moraes… correndo o risco de noutra entrevista referir outros, não tenho nenhum top, e a cada mão-cheia de descobertas de escritores que nunca tinha lido, há sempre um que junto à lista. 
L&L - Que conselho daria a alguém que deseje vir a ser escritor? 
LNL - Uma antiga aluna pediu-me recentemente sábias palavras para a ajudar num problema que tinha de ultrapassar na escola… não sei se sou a melhor pessoa para dar conselhos. Até já disse que não sou escritor… certamente ler muito, diversificando os tipos de leitura e de autores e estar atento à realidade ajudará… e não ter medo de errar. O segundo livro (e todos os que se lhe seguirem) só existe depois de um primeiro, sem coragem para publicar esse primeiro livro, por muitos defeitos que lhe possamos vir a encontrar nunca será escritor. 
L&L - Para quando um novo projeto editorial? 
LNL - Já deveria tê-lo publicado, tenho lido imenso sobre o tema… mas pouco escrevi, em breve publicarei um estudo sobre Aristides de Sousa Mendes, não é um romance, nem uma biografia, é uma espécie de guia de leitura sobre a sua época e sobre o que sobre ele se disse, pensando no público mais jovem, em especial nos meus alunos. Tenho procurado dar a conhecer aos meus alunos este herói da paz por contraponto aos heróis da guerra. 

*Entrevista publicada na revista “Livros & Leituras” (online) a 29 de Fevereiro de 2012:
http://www.livroseleituras.com (o site já está inativo)
https://revistalivroseleituras.blogspot.com (Novo site da revista)

sábado, 17 de maio de 2025

A Casa Comum das Tertúlias organizou uma tarde de tertúlia

TARDE DE TERTÚLIA

Da esquerda para a direita, com participação virtual: 
Joanna Muñoz Vega (desde Porto Rico), Danny Echerrí Garcés (cubano, desde o México) e
 Stefania Di Leo (desde Itália).
Na mesa, o apresentador, o escritor José Dias Pires. 


Casa Comum das Tertúlias (CCT), organizou uma "Tarde de Tertúlia", dedicada à apresentação dos livros: "Ave Fénix" (POESIA), de Joanna Muñoz Vega e de "¿Dónde están los hormigones alados?" (CONTO) de Danny Echerrí Garcés, duas edições bilíngues da CCT, tendo sido as duas obras apresentadas por José Dias Pires (professor e escritor), com participação virtual dos autores: Joanna Muñoz Vega (de Porto Rico), Danny Echerrí Garcés (de Cuba, a residir no México) e de Stefania Di Leo (autora da versão italiana de Ave Fénix, esta com participação virtual desde Itália), contámos ainda com presença de Beatriz Mayor Serrano (autora dos prefácios dos dois livros) e de Hermann Scheufler (autor da versão alemã de Ave Fénix), a moderação ficou a cargo do editor e organizador da CCT, autor das versões em português de ambos os livros: Luís Norberto Lourenço. Tendo o evento decorrido na Casa do Arco do Bispo, em Castelo Branco, no dia 10 de maio de 2025, pelas 16h até cerca das 17h30.








Depois da abertura do evento por Luís Norberto Lourenço, tomou a palavra o apresentador José Días Pires, tendo depois dado a palavra aos autores, Joanna Muñoz e Danny Echerrí, depois intervenções de Beatriz Mayor, enquanto autora do prefácio de ambas obras, falaram também os tradutores de Ave Fénix, Stefania Di Leo e Hermann Scheufler, depois leram-se poemas em português e em espanhol da Joanna, outros poemas, ainda inéditos, não publicados em Ave Fénix. Depois desse momento poético, com leituras de: Paulo Samuel, Francisco Abreu, Celeste Capelo, José Pires e Luís Lourenço, passámos a palavra a todos os tertulianos presentes, destacando a participação do arquitecto João Dias, tertuliano que acompanha há muitos anos as actividades da CCT e que quis partilhar com os presentes essa experiência.  

Luís Norberto Lourenço, editor, autor das traduções portuguesas dos livros apresentados
 e coordenador da Casa Comum das Tertúlias.

José Dias Pires, escritor e apresentador das obras.

Beatriz Mayor Serrano (México), professora e autora dos prefácios das duas obras.

Hermann Scheufler (Alemanha), tradutor para alemão de Ave Fénix.

~
Francisco Abreu a ler um poema da Joanna.

Paulo Samuel a ler um poema da Joanna.

Celeste Capelo a ler um poema da Joanna.

Sobre o texto o livro de poesia disse na sua apresentação José Dias Pires: 
"Estamos perante um prosema narrativo sobre a vida e a obrigação de nela se deixar uma impressão digital que suscite através de outros o repetível renascer da sua autora - daí Ave Fénix". 




Sobre o conto referiu o apresentador:
"Neste conto, que nos proporciona uma leitura saborosa e envolvente, um neto está em demanda da eternidade da sua avó - o fantasma que só apenas a ele regressa - preservando sua memória através de uma conjunção de memórias efusivas".




Os autores:
Joanna Muñoz Vega (San Juan, Porto Rico, 1978-    ). Professora de Ciências, Matemática e Química, desde 2007, é Licenciada em Química pela Universidad de Puerto Rico. Depois de vários anos a residir nos EUA voltou a Porto Rico. Autora do trabalho “Heavy metals (metales pesados): toda una amenaza”, incluído no livro “Guía de actividades ambientales para maestros de ciencias”, em 2009. Segundo a autora, a poesia de Julia de Burgos é a sua maior influência. Na sua poesia destacam-se o amor, a sensualidade, a espiritualidade e os valores. Além da poesia, escreve ensaios e contos. Em 2009, em colaboração com a CCT começou a publicar no blogue fanzine Tertuliando (On-line) https://fanzinetertuliando.blogspot.com onde publicou vários dos seus poemas.

Danny Echerri Garcés (N. Villas Claras, Santa Clara, Cuba, 01/08/1981 - ), é Licenciado em Psicologia e Mestre em Psicologia Médica pela Universidad Central “Marta Abreu” de Las Villas, Cuba, Doutorado em Psicologia com “Orientación en Calidad de Vida y Salud” pelo Centro Universitario del Sur (CUsur), Universidad de Guadalajara. Foi Professor de Psicologia na Universidad Central de Las Villas. Coordenador no CICA-MICHOACAN. Coordenador no Departamento de Diagnóstico Educativo da Facultad de Español para no Hispanohablantes (FEHNI) da Universidad de La Habana em Cuba. É vice-presidente da Red Internacional de Liderazgo Educativo (Interleader). O conto “Las uvas deformes” aparece na antologia “Ser Abuelos” da editora “Literando Ediciones”, o conto “Yusa perdida en la planicie”, na editorial “Bubook ediciones”, a qual o incluiu na antologia HellinFilms, (obra finalista no género fantástico do evento HellinFilms). Prémio da AHS no concurso de mini-contos “La casa tomada 2008” e foi selecionado para a antologia "Nueva Literatura de Habla Hispana 2009" organizada pela editorial Argentina “Nuevo Ser”. Prémio de ouro no Festival nacional de artistas aficionados da FEU 2004/2005 (conto: Las uvas deformes). Prémio de ouro no Festival provincial de artistas aficionados da FEU 2004/2005 (Conto: Un cuarto con tina). Grande prémio do Festival provincial de artistas aficionados da FEU 2006/2007 (conto: Verde y húmedo). Publicação de três contos na editorial virtual atramentum.com, Málaga, Espanha, dois contos na editorial virtual espanhola yoescribo.com, três contos na editorial virtual espanhola lapaginadeloscuentos.com, conto “Un cuarto con tina”, revista Signos, número 52 Jul-Dez de 2005. Selecionado o conto “Las uvas deformes” para a antologia “Club abuelos”. Participou no Festival Internacional de Narradores Jóvenes. Publicou na “RIDE. Revista Iberoamericana para la Investigación y el Desarrollo Educativo” e na revista “Estudos Políticos” (México). O seu livro de contos "Yo no me Parezco a Dante" (Editorial Sed de Belleza), foi prémio opera prima da Feria Internacional del libro de La Habana em 2013.

O apresentador:
José Dias Pires é natural de Castelo Branco, onde vive e nasceu em 1952. Foi professor de todos os níveis de ensino, tendo concluído a sua vida profissional no ensino superior na Escola Superior de Educação de Castelo Branco, da qual foi diretor. Uma carreira de mais de 40 anos dedicados à Pedagogia, à História e à militância comunitária. É autor de diversas obras de ensaio, ficção, poesia e teatro, entre as quais se destacam Travalengas, também ilustrado pela Catarina Marques, (ed. Booksmile, 2015) e Travalengas a Dobrar (ed. Booksmile, 2016), ainda Manifesto do Imaginário (2000, Alma Azul), Sonhar com Comenius (2005, Alma Azul), Os Lápis Transmaginadores e os Segredos do Castelo Azul (2007, SGProject), A Viagem ao País dos Bobis, Gatália e Ratolândia (2008, Pais & Companhia), e As Cadeiras de Tiago (2009, edição de autor para o Grupo de Teatro Váatão). Tem-se dedicado, desde 2011, à tradução de literatura infantojuvenil e assume a função de Comissário do Festival Literário de Castelo Branco desde 2012. Gosta de escrever — dançar com as palavras, conforme a música, conforme a vida, quando rompem as manhãs, não importa a que horas do dia. Tem-se dedicado também às artes plásticas ver http://pirilampejar.blogspot.com. Recebeu, em Dezembro de 2024, o Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes. Recebeu esta semana o Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce 2025. É o actual Presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco.

A prefaciadora:
Bearriz Mayor Serrano (N. 15/09/1980, Guadalajara, México - ). Professora. Licenciada em “Intervención Educativa” pela Universidad Pedagogica Nacional, México. Docente do Ensino Básico no ensino privado e público, nomeadamente na “Escuela para Atletas” do CODE Jalisco, no México. Publicou na revista Morbo (México), prefaciou os livros “Ave Fénix”, de Joanna Muñoz e “Manifestos contra o medo: antologia de uma intervenção cívica: lecturas; antología mínima)” de Luís Norberto Lourenço.

Sobre a traduções:
Traduziram "Ave Fénix": para inglês Joanna Muñoz Vega, para português Luís Norberto Lourenço, para italiano Stefania Di Leo, para francês Rosa Roque e para alemão Hermann Scheufler.
Traduziu para português "¿Dónde están los hormigones alados?", Luís Norberto Lourenço.

A Casa Comum das Tertúlias, fundada a 5 de Outubro de 2001, em Castelo Branco, organizou ao longo de todos estes anos mais de 150 eventos culturais.
A CCT pugna pela dinamização cultural, por uma Cultura de qualidade, por uma Democracia não meramente formal, por uma Cidadania activa e pelo desenvolvimento do nosso Interior. Fazem parte do nosso roteiro tertuliano: Castelo Branco,  Mangualde, Marvão, Nisa, Penamacor, Portalegre, Porto, Proença-a-Nova, Sátão, Vila Nova de Paiva, Vila Velha de Ródão, Seia e Setúbal, também: Cáceres, Cidade Rodrigo e Salamanca (em Espanha) e ainda, Guadalajara, Zapopan, Celaya, Morelia e Orizaba (no México).
A CCT publicou “Tertuliando – Fanzine da Casa Comum das Tertúlias” (versão impressa), criado a  5 de Outubro de 2005, com oito números editados até hoje.

Nota final:
A CCT no cumprimento da Lei do Depósito Legal faz chegar cada uma das suas obras editadas à Biblioteca Nacional de Portugal, tendo nascido em Castelo Branco, fazemos questão de doar cada obra à Biblioteca Municipal de Castelo Branco, também por vontade da Casa Comum das Tertúlias, fazemos questão de promover a leitura e a cultura na nossa região, a (histórica) Beira Baixa, pelo que oferecemos um exemplar de cada obra a todas as bibliotecas municipais da Beira Baixa, também às bibliotecas centrais das duas instituições de ensino superior do Distrito de Castelo Branco, à Biblioteca da UBI e à Biblioteca do IPCB, na cidade de Castelo Branco, além disso temos alargado a oferta às bibliotecas escolares das Escolas Secundárias da cidade de Castelo Branco, não ficando por aí, as nossas obras estão ainda em Bibliotecas de museus, Arquivo Nacional de Portugal, arquivos distritais e regionais, em Portugal, Espanha, México e Brasil, as obras em breve estarão à venda em Portugal, Espanha, no México e para venda online.

Créditos das fotos: Luís Norberto Lourenço, Mada Ferreira e Laura Lourenço.

Pela Casa Comum das Tertúlias
Luís Norberto Lourenço

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Luís Norberto Lourenço na Feira do Livro em Castelo Branco fala das edições da Casa Comum das Tertúlias

  No dia 13 de setembro, sábado, pelas 11h, Luís Norberto Lourenço , editor ( Casa Comum das Tertúlias ) e tradutor, vai estar à conversa co...